sábado, 31 de março de 2007

Pra começar..

Pois então, logo de início, uma pergunta: Existe coisa mais difícil do que começar algo?

Estou criando este blog simplesmente para exercitar a escrita, eu gosto muito de ler, e estive sempre procurando um lugar para escrever, e como eu odeio escrever a mão, resolvi criá-lo. Não o divulgarei, portanto se você está aqui, provavelmente achou ele sozinho e já fico muito feliz com isso. Bloqueei os comentários simplesmente porque não os quero em público, se você quer comentar você pode falar diretamente comigo.

Por ser primeiro post, eu deveria me apresentar, apesar de ser bastante idiota, porque para estar lendo, imagino que você já me conheça, mas não custa nada me apresentar, então aproveitarei o acompanhamento de "Ventura" do "Los Hermanos" para tentar fazê-lo por partes, passando brevemente por minhas fases desde pequeno até hoje, sem aprofundar muito porque aproveitarei as histórias engraçadas ou de qualquer outro tipo para escrever outras vezes.

Bom, inicialmente, meu nome é Marcelo Riceputi Alcantara (ou Alcântara, depois que eu escrevi errado na carteira de identidade não sei bem como me chamo mais), nasci no dia 23/07/1990, sou filho de Fernanda Riceputi e Fernando Antonio, tenho dois irmãos gêmeos (Ana Paula e Luiz Paulo).

Quando pequeno, sempre fui meio capeta, segundo minha família, mas inicialmente quem sofria era eu, já que meus dois irmãos adoravam judiar de mim um pouco, por isso acho que me tornei posteriormente o que eles chamam de capeta, uma espécie de vingança. A primeira palavra que aprendi a falar foi bem incomum, e na verdade, não sei se é realmente uma palavra, porque até hoje não sei o que significa, "Dega". Você deve estar pensando que se não é uma palavra, são só algumas sílabas juntas balbuciadas por um bebê idiota, por que consideraram isso minha primeira palavra, pois bem, explicarei, quando eu era pequeno, sempre gostei de ficar mexendo na vitrola do meu pai, e era uma paixão do meu pai, portanto, sempre que eu era encontrado mexendo, era rapidamente retirado, e com o tempo comecei a gritar sempre "dega" quando iam me retirar dela, então imaginaram que "dega" seria uma tentativa de dizer "deixa".
Já um pouco maior, desenvolvi uma paixão que considero genética: Futebol. Era um corinthiano (por incrível que pareça) roxo, e a coisa que mais gostava de fazer era jogar futebol, assim como meu pai quando era mais novo, que é uma lenda em sua cidade natal por isso. Eu já começava a desenvolver um gosto muito forte por música, mas algo bem diferente de hoje, na época, por influência também de meu pai, eu gostava muito de ouvir os sambas que ele costumava ouvir em viagens, apesar de nunca conseguir decorar as letras, e sempre passar alguma vergonha quando tentava cantá-las. Gostava muito também nessa época, como qualquer pessoa na minha idade, de "Mamonas Assassinas", isso é praticamente uma lei entre nós, todos ouvíamos "Mamonas" quando éramos mais novos.
Tempos depois, tive uma mudança assustadora na minha vida, e já muito novo, uma coisa sem explicação, meu gosto por futebol começou a desaparecer, eu virei palmeirense e não sei exatamente o porquê, talvez apenas para contrariar toda minha família, comecei a entrar na minha fase "Legião Urbana". Você talvez saiba o que é isso, aquele período entre mais ou menos 8 anos e 11 anos, que você fica encantado por "Legião Urbana", não que eu tenha parado de gostar, muito pelo contrário, ainda gosto muito, mas naquela fase, era praticamente a única coisa que eu ouvia, mas minha fase não foi até os 11 anos, eu gostava de "Legião Urbana" até os 11 anos e gosto até hoje, não me entenda mal, mas acontece que por influência de meu irmão comecei a gostar muito de "Guns n' Roses", e a partir daí, comecei a gostar de muitas outras coisas dentro do Rock já nessa época. Por influência de meu pai comecei também a gostar de "Creedence Clearwater Revival" e "Raul Seixas", e na quarta série (Sim, minhas referências não são pelos anos, e sim pelas séries, não entendo bem, mas adotei esse referencial já há tempo e não consigo pensar na minha vida por fases de outra forma sem ser assim), com essa paixão musical já começando a se aprofundar, entrei na aula de violão, e fiquei encantado. A partir daí, a música sempre esteve profundamente presente em minha vida, um amor que nunca terá volta, algo do qual eu nunca conseguirei me desligar.
Bom, aí entra uma grande transição na minha vida, porque a partir do momento que me liguei a música, eu mudei muito. Até aí, qualquer coisa era o suficiente para me deixar alegre, a partir daí, fiquei mais exigente em relação a tudo, me tornei muito mais sentimental, minha vida toda mudou.

Bom, passei a manhã escrevendo isso, e agora muito tempo depois, porque invadiram a sala e eu não consigo escrever com pessoas a minha volta, vou, primeiramente, trocar o CD, colocando o "10.001 Destinos" dos "Engenheiros do Hawaií"(o problema desse CD é começar com "A Montanha", não consigo gostar dessa música porque acho a letra muito pouco coesa) e em seguida vou continuar.

Quando eu cheguei na sexta série, essa mudança passou a ser notável, minha aparência inteira mudou, minha mentalidade mudou, o Rock n' Roll já se mostrava presente na minha vida, ganhei minha primeira guitarra, deixei meu cabelo comprido, e tudo o que eu pensava era música, saía muito também, nessa época, com pessoas com o mesmo interesse que eu. Minha família nunca havia imaginado que eu me tornaria o que era, e eu considero uma das melhores fases da minha vida, se não a melhor, e tenho certeza que todos que estavam juntos e dividiram essa fase também consideram, não vou ficar citando nomes porque vai ser algo muito maçante e é desnecessário.


Acontece que na sétima série, todo mundo se dividiu repentinamente e tudo se tornou muito confuso pra mim, comecei a ver que eu estava começando a ficar sozinho, e começou a ficar claro para mim que tudo que tem um início, por melhor que seja, acaba tendo um fim, não que eu acredite nisso atualmente, mas na época, isso ficou muito claro na minha cabeça. Mas não houve muito problema para mim em relação a amizade, porque logo na oitava série, fiz os amigos que são desde essa época até hoje os que mais posso contar, alguns deles já eram amigos meus desde pequeno, que são o "Marcus", que está ali em cima junto a mim na foto, e o "Vitor", mas junto a esses, conheci dois também que fizeram parte desse "grupo", que é o "Otávio" e o "Gustavo". E esses estão juntos comigo até hoje.

Nessa fase, também acabei ficando "viciado" em um jogo chamado "Age of Empires", e ele me pôs em contato com muitas pessoas mais velhas e sábias que eu, e eu digo com muita certeza que isso foi essencial para o que sou atualmente, aprendi muito nessa época, sobre várias coisas, não nos limitávamos ao jogo.

Nesta foto faltou o Vitor, mas foi com maior número dos citados que encontrei, tirada nessa época


Nessa época, eu já tinha um conhecimento que, modéstia à parte, poucas pessoas têm em relação a música, já havia conhecido bandas como "Pink Floyd", "Led Zeppelin", "Pearl Jam", "Beatles", e muitas outras, inclusive no campo nacional, quando eu havia passado por fases de vício em bandas como "Engenheiros do Hawaií", "Legião Urbana" (Como já foi citado), "Ira!" (Eu ficava simplesmente fascinado com o Edgar Scandurra na guitarra), dentre muitas outras bandas, meu conhecimento sobre música e meu gosto musical ficaram muito abrangente. Por incrível que pareça, minha paixão musical se concentrou, durante um ano aproximadamente, em uma banda chamada "Green Day". Por incrível que pareça, porque, apesar de gostar de bandas como "Ramones", "Green Day" é uma banda não muito parecida com meu gosto musical, e, na verdade, eu odeio uma grande porcentagem das bandas influenciadas pelo Green Day ou semelhantes a ela, mas o Green Day tem algo que nenhuma das outras tem, a simplicidade musical do Green Day é uma simplicidade que não deixa nada a faltar, não é como outras bandas que são simples, mas soam simples e deixam parecer que muitas coisas poderiam ser acrescentadas, as músicas do Green Day simplesmente não deixam a desejar, é uma simplicidade completa, e aquilo foi algo que me ensinou muito, porque pelos progressos que você faz na guitarra ou em qualquer instrumento musical, você começa a ser levado a procurar algo mais complexo e coisas simples começam a soar ruim para você, mas o Green Day me mostrou que não são apenas coisas complexas sonoramente que são boas, e que músicas simples podem dizer aquilo que músicas muito complexas não seriam capaz de dizer, logo o Green Day trouxe algo que também foi muito importante em meu aprendizado musical.

Já no primeiro ano, também tive uma grande transição em minha vida, e outra transição que não consigo explicar, pois se até essa época não conseguia ficar em casa, precisava estar sempre em contato com alguém, sempre na rua, sempre indo em alguma festa ou qualquer coisa do tipo, simplesmente de um dia para o outro passei a achar minha casa o melhor lugar do mundo, e passei a achar aquele momento em que se fica sozinho essencial, tão essencial que passou a ser uma das coisas que mais valorizo em minha vida, e isso acabou conflitando com muitos amigos, porque essa mudança radical passou a incomodar as pessoas que estavam acostumado comigo sempre saindo e as acompanhando, sempre animado a fazer algo, e isso é um dos maiores problemas que tenho atualmente, porque eu não gostar de sair ou qualquer coisa do tipo não significa que eu esteja desvalorizando ou faltando com atenção as pessoas, muito pelo contrário, eu gosto de estar em contato com as pessoas as quais já possuo contato, só não gosto muito de estar em contato com pessoas novas, salvando raras exceções, então poderia dizer, resumindo, que a palavra para o que me transformei é "Anti-Social".

Mas nessa época, graças ao Green Day, eu conheci uma pessoa chamada "Yara", e dentre várias outras pessoas que conheci através dessa banda e que foram e são muito importantes para mim, ela sem dúvidas é a mais, pois namoro com ela há, nesse momento, um ano e dois meses, e com ela, meu conceito de "tudo que tem um início, por melhor que seja, tem um fim" caiu, e eu vi que há coisas que não terão fim, e o amor que tenho por ela é uma delas.
















Nesse tempo, algo de muito importante para o meu aprendizado, em relação a música, também aconteceu, que foi minha primeira banda. De nome "Fenris", ela era composta pelo grande "Mateusera", guitarrista e vocalista, "André" como baixista, "Mauricio" como baterista, e eu também como guitarrista e vocalista, dividindo. Já nessa época também, minha primeira apresentação, tocando realmente o que gosto de ouvir, com uma banda, algo de iniciativa nossa, algo que com certeza me marcou bastante, e entrar em uma banda foi importante pois você nunca aprenderá bem algo se não tiver experiência, se não colocá-la em prática, se souber só teoricamente, e por isso você precisa ter uma banda, pôr em pratica o que você aprendeu todo esse tempo e ver se realmente serviu de algo, e, ao meu ver, serviu, e não há lugar que eu me sinta melhor do que estando em cima de um palco. Mas, apesar de não ser tudo, algumas coisas boas realmente chegam ao seu fim, e, além de o Mateus ter ido embora para fazer vestibular por um tempo, o André começou a se distanciar muito, e a Fenris acabou chegando ao fim, mas não fiquei sem banda por isso, porque fizemos uma junção de duas bandas, a "Legendarius" e a "Fenris", os componentes da Legendarius já eram amigos meus nessa época, e o Mateus e o Mauricio também participavam dessa banda, então não foi difícil me adaptar, e assim, essa banda ficou composta pelo "Daniel", "Mauricio", "Renato" e eu. Graças a Deus, não por muito tempo, pois o Mateusera resolveu voltar para Varginha depois de um tempo, e voltou também para essa junção, que permaneceu, e assim está até hoje, o que não sabemos ainda é qual será o nome da banda, mas temos tempo para decidi-lo.








Hoje passo por uma fase realmente de transição, um ano de estudo, pois quero ir fazer faculdade em Florianópolis (UFSC), para Direito, uma das faculdades que tenho vontade de me formar, uma de muitas outras as quais vou me formar e tenho certeza disso, mas meu real sonho é mexer com música, algo que tenho certeza que vá acontecer, mas não pretendo fazer faculdade de música porque não quero precisar ganhar dinheiro com música, quero que minha relação continue tranquila e sem pressão, como sempre foi. Sonho também em fazer "Filosofia", "Jornalismo", mas há coisas como física e matemática, que sempre estarei estudando também por hobbie, por mais que isso pareça estranho, são coisas que sinto prazer em estudar, e eu acho que todas as pessoas sentiriam se não fosse o preconceito em relação a elas.

Bom, resumir sua vida em uma postagem, em um dia, é algo impossível, e se você pode fazer isso, considere-se um fracassado. Eu tentei ao máximo, e claro que muitas coisas não estão incluídas, muitas mesmo, mas espero que através dela você tenha tido uma idéia de como funciona este minúsculo cérebro no interior de meu crânio. E parabéns, se você leu até aqui, considere-se um vencedor.

Abraços, Marceleza