terça-feira, 24 de agosto de 2010

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Hoje a música está viva
Suas unhas estão no vento
Suas cores estão nos lábios
Raios de luzes escuras
Sopros de lâminas partidas

Passando o dedo entre os cabelos
De jovens passageiros, já perdidos
Mas com coragem suficiente
Pra tentar mudar o mundo
Pra cravar os dentes em tudo
O que tiver sangue ou semente

Em toda noite, a música vive
Mas hoje sua madeira está oca
Revela por seu véu natural
Tudo o que há de bem ou mal
Como a mãe louca, que espera do filho morto
Permissão pra enterrar o próprio corpo.