quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Intifada

A História é o diário da desesperança
E a Intifada é o início do sonho
Me atirarei em pedras contra a desumanidade
E, em lágrimas de fúria, me recomponho
Humano que sou, demasiado humano

Muros de tijolos se erguem frente a nós
Mas não absorvem a história que trazemos nos olhos
Podem abafar os gritos de nossa voz
Mas não podem cessar o pulso
O coração não vai parar de bater

A Intifada nunca vai morrer
A Intifada nunca vai morrer

Todos os dias o sol nasce no Oriente
E é assassinado no Ocidente
Sua luz não serve para iluminar o indecente
Mas para uma tarde perfeita americana no litoral
Tão perfeita, que chego a passar mal

Enquanto houver corpo, farei tremer a ordem
Ou qualquer apelido que inventem para este caos
Entregarei minha sorte a meu povo
A cada explosão, a esperança brilhará de novo
E cada mãe se ajoelhará para chorar

A Intifada não pode morrer
A Intifada não pode morrer