O brilho do diamante ofuscou sua visão
E, desapercebido, desacelerou seu coração
De repente, sentira-se feliz
Pois a riqueza lhe levara também sua visão
A boca gritava e ele não escutava
Pois o que lhe valia era o que
Apalpava com sua mão
Esqueça o pão, esqueça o pão
Universo de um só são, mundo cão
Perdão, perdão
A assonância corroeu o cérebro
Mas compreender o valor das palavras, não
Engolia mentiras e vomitava o luxo
O sofá adornado de suor em vão
Quem não come, apalpa a fome
E a pele descasca em violência e opressão
Desprovido, ele só gritava
E lhe gritavam de volta: "desprovido de nada"
Suicidou-se e nem pôde entrar em um caixão
Não morreu como cristão, nem pode servir de lição
Universo de um só são, mundo cão
Perdão, perdão
A assonância corroeu o cérebro
Mas compreender o valor das palavras, não