Prisão
É onde vivemos, apesar de você dizer que
Não
Pode pensar que sabe o que sinto, mas não pense que peço
Perdão
Descrever sentimentos e tentar entendê-los com
Razão
Esconder o lixo, expor o luxo e chamar isto de
Civilização
Perdão, não, você tem razão
A civilização é uma prisão
Perdão, civilização, você tem razão
Mas não vou viver nesta prisão
Ração
Branquear os dentes, remover as cáries, esconder a
Podridão
Forçar o riso, esboçar o siso e perder de vez a
Noção
Levantar da cova e trazer as novas a esse inferno
Pagão
Erguer o muro, lavar a alma e celebrar, em festa, a
Nação
Eu sei, nação, perdi a noção
Mas não vou mais comer sua ração
Me chame pagão, me crucifique com noção
Mas não vou mais cheirar sua podridão
O Bom-senso é censura
O Bom-senso é censura
O Bom-senso é censura
O Bom-senso é censura