Hoje me deitei na sujeira do mundo
Engoli desesperança e vomitei sorte
No hospital da nicotina, caçoei da morte
Nessa vida, já lambi de tudo
Transformo poeira em sonho
Luz em solidão
Arrasto as correntes pelas calçadas
Choro do grito uníssono da multidão
Lá vem o sol novamente, divisor das águas porcas
É quando os anjos, padres e prostitutas
Vêm me lembrar que ninguém faz merda de dia
Se enxerga demais
Toda porra é igual.
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