segunda-feira, 19 de maio de 2008

Trecho de "O Pistoleiro", Stephen King

"(...) Quando se sentaram diante da manta que servia de mesa, Brown surpreendeu-o de novo fazendo uma breve oração: pediu chuva, saúde e expansão para o espírito.
-Você acredita numa vida após a morte? - o pistoleiro perguntou a Brown quando ele punha três espigas de milho quentes no seu prato.
Brown assentiu.
-Acho que é esta aqui.
(...)"

sábado, 17 de maio de 2008

O Teatro Mágico


Eu acho engraçado como muitas pessoas simplesmente desprezam o cenário nacional e vão correndo para o internacional e pior, às vezes o criticam sem ao menos o conhecer direito.
Claro que o cenário brasileiro é totalmente diferente do exterior, não só na música como em todo o resto; na maioria das vezes, qualquer projeto que exija investimento será tratado de forma diferente no Brasil e em países monetariamente acima como os Estados Unidos, e a falta de investimentos em artes no Brasil torna o cenário diferente.
Mas isso não significa em hipótese alguma que seja pior, significa que precisamos de maneiras alternativas de divulgar a cultura e permitir o seu acesso, é o que muitas bandas não percebem e não tentam e poucas mal valorizadas permanecem tentando e se adequando à nossa realidade.
O Teatro Mágico é uma dessas bandas, uma banda que soa a Brasil, que luta para se adequar ao nosso cenário e não para transformar a música no Brasil no que ela é no exterior, uma banda que já percebeu que isso não é possível e, que se fosse, seria um disperdício.
Não sei nem se é correto usar o termo banda para o Teatro Mágico, já que é uma expressão artística que vai além da música: é arte no vestir, no movimentar, no discursar, no andar, em tudo. Se eu tivesse de descrever o Teatro Mágico de forma muito curta, diria que são pessoas que transpiram arte.

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http://www.oteatromágico.mus.br/

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Meu sonho - Álvares de Azevedo

"Eu
Cavaleiro das armas escuras,
Onde vais pelas trevas impuras
Com a espada sangüenta na mão?
Por que brilham teus olhos ardentes
E gemidos nos lábios frementes
Vertem fogo do teu coração?
Cavaleiro, quem és? o remorso?
Do corcel te debruças no dorso.
E galopas do vale através.
Oh! da estrada acordando as poeiras
Não escutas gritar as caveiras
E morder-te o fantasma nos pés?
Onde vais pelas trevas impuras,
Cavaleiro das armas escuras,
Macilento qual morto na tumba?
Tu escutas. Na longa montanha
Um tropel teu galope acompanha?
E um clamor de vingança retumba?
Cavaleiro, quem és? - que mistério,
Quem te força da morte no império
Pela noite assombrada a vagar?
O Fantasma
Sou o sonho da tua esperança,
Tua febre que nunca descansa,
O delírio que te há de matar!..."
Queria deixar claro que não gosto de Álvares de Azevedo, na verdade, odeio. Porém, como qualquer pessoa que se dedica, não importa quão grande seja a ausência de talento dela, alguma coisa de bom ela vai fazer durante a vida.

domingo, 11 de maio de 2008

Los Hermanos - Veja bem, meu bem

Veja bem, meu bem
Sinto te informar que arranjei alguém
pra me confortar.
Este alguém está quando você sai
E eu só posso crer, pois sem ter você
nestes braços tais.

Veja bem, amor.
Onde está você?
Somos no papel, mas não no viver.
Viajar sem mim, me deixar assim.
Tive que arranjar alguém pra passar os dias ruins.

Enquanto isso, navegando vou sem paz.
Sem ter um porto, quase morto, sem um cais.
E eu nunca vou te esquecer amor,
Mas a solidão deixa o coração neste leva e traz.

Veja bem além destes fatos vis.
Saiba, traições são bem mais sutis.
Se eu te troquei não foi por maldade.
Amor, veja bem, arranjei alguém
chamado saudade.