segunda-feira, 28 de julho de 2008

Pink Floyd - Dogs


"You got to be crazy, you gotta have a real need
You gotta sleep on your toes, and when you're on the street
You gotta be able to pick up the easy meat with your eyes closed
And the moving in silently, down wind and out of sight
You gotta strike when the moment is right whitout thinking.

And after a while, you can work on points for style
Like the club tie, and the firm handshake
A certain look in the eye, and an easy smile
You have to be trusted by the people that you lie to
So that when they turn their backs on you
You'll get the chance to put the knife in.

You gotta keep one eye looking over your shoulder
You know it's going to get harder, and harder, and harder as you get older
And in the end you'll pack up, fly down south
Hide your head in the sand
Just another sad old man
All alone and dying of cancer.

And when you lose control, you'll reap the harvest that you've sown
And as the fear grows, the bad blood slows and turns to stone
And it's too late to lose the weight you used to need to throw around
So have a good drown, as you go down all alone
Dragged down by the stone.

I gotta admit that I'm a little bit confused
Sometimes it seems to me as if I'm just being used
Gotta stay awake, gotta try and shake of this creaping malaise
If I don't stand my own ground, how can I find my way out of this maze?

Deaf, dumb and blind, you just keep on pretending
That everyone's expendable and no one had a real friend
And it seems to you the thing to do would be to isolate the winner
Everything's done under the sun
And you believe at heart, everyone's a killer.

Who was born in a house full of pain
Who was trained not to spit in the fan
Who was told what to do by the man
Who was broken by trained personnel
Who was fitted with colar and chain
Who was given a pat on the back
Who was breaking away from the pack
Who was only a stranger at home
Who was ground down in the end
Who was found dead on the phone
Who was dragged down by the stone."

quinta-feira, 24 de julho de 2008

O dom da ignorância

A respiração ofegante cessou ao sentir um esvaziamento que eliminava um peso maior que o aparente e, então, comemorou por aquela ser uma das boas vezes.
Nessa situação, sempre havia extremas possibilidades de sensação: a que sentia agora era a de ter eliminado (ao menos temporariamente) o único sentimento que o obrigava a conviver com outras pessoas: as necessidades carnais; como se de repente ele se sentisse feliz por estar sozinho e desejasse ficar assim pra sempre, se isolar e nunca mais estabelecer contato com ninguém; como se o mundo exterior não tivesse mais valor e tudo o que é importante fosse seu mundo interior, onde ele não desejava ninguém, apenas ele e o silêncio. Quando obtia esse resultado, ele costumava fechar a porta e todas as janelas de seu apartamento, tirar a TV e o computador da tomada, desligar o celular e telefone e simplesmente gabar-se mentalmente por ser mais inteligente que os outros por conhecer a natureza humana e, por isso, odiar o contato com ela; pensando e sorrindo enquanto deita em sua cama e permanece a observar o teto.
A outra possibilidade ocorria quando ele se lembrava que o que ele imaginava pra chegar a esse momento eram coisas que ele já havia possuído e perdera; então, sentia o isolamento queimar seu corpo, sentia as lágrimas arrombarem suas pálpebras e percebia que sua idade avançava sobre sua capacidade, embora se considerasse mais sábio agora, muito do que conquistara agora parecia impossível para ele. A saudade do real, do contato humano, da companhia sincera, corroía seu mundo interior e permitia que o mundo exterior jantasse seu corpo com uma onda de sentimentos enzimáticos. Então ele olha desesperadamente o telefone, liga pelo seu celular para seus amigos e percebe que as coisas não são mais as mesmas, procura conversar na internet, vê programas inteligentes na TV tentando massagear seu ego, abre as janelas e fuma até que a última luz do último apartamento do último prédio se apague. Percebe, então, que dom tamanho é a ignorância.
Pega o revólver no armário, o põe na boca e engole toda a saliva, percebe seu dedo travado no gatilho e que sua covardia em mudar não permite que ele enfrente o mundo lá fora e muito menos o desconhecido pós-vida. Então, ele guarda a arma, toma dezenas de remédios e dorme no chão.

domingo, 20 de julho de 2008

"Quando alguém me matar, quero que seja alguém que me odeie, e não que o faça por ser seu trabalho"

O que se espera de um filme, naturalmente? Se é comédia, espera-se risadas; Se é aventura, terror, espera-se adrenalina; se é suspense, ficcção científica, espera-se inteligência. E se pudéssemos juntar tudo isso em um filme só, somando-se um dos melhores atores da história (Al Pacino) em uma atuação impecável? "Um dia de cão" (Day Dog Afternoon) é, sem dúvidas, um filme completo.
O filme gira em torno de dois homens - Sonny Wortzik e Sal - que tentam roubar um banco, mas acabam sendo descobertos e, enfrentando as autoridades e mantendo as pessoas como reféns, passam por situações inusitadas. Iniciando-se levemente cômico, o filme passa a situar o porquê de todo o acontecimento com envolvimento de pessoas que conhecem Sonny e esses incrementos acrescentam a reflexão e o envolvimento com o filme; criam uma situação de abandono e mutação a qual você começa a compreender e com a qual você começa a se identificar durante o filme, mas que te faz sentir realmente como ela é no fim; como se o filme terminasse, mas a sensação permanecesse com você e fizesse com que você torça com todas as forças para que algo aconteça e altere tudo.
Essa quebra de expectativas no fim gera um efeito irônico porque o fim é exatamente como você, a princípio, esperava que tudo terminaria, mas ela existe porque o desenvolvimento faz com que você sinta que as coisas possam ser diferentes, tendo o fim um efeito como uma lembrança de que elas não podem.

sábado, 5 de julho de 2008

O Encontro

Abri a porta e esperei que ela entrasse em minha frente. Feito isso, entrei logo em seguida.
Apaguei as luzes e acendi velas enquanto ela analisava cautelosamente toda minha sala. Fui à cozinha em busca de vinho, servindo duas taças e as colocando na mesa de jantar. Então, permiti a Frank Sinatra apreciar nossa noite.
-Espero que não esteja a incomodando ou sendo antiquado a uma mulher do século XXI.
-Talvez eu também não pertença ao século XXI - disse ela sorrindo, acendendo um cigarro em seguida - e talvez você saiba disso melhor do que eu. Care if I smoke?
-Maybe I know more than you could ever imagine - olhei fixamente em seus olhos - vá em frente, fume.
-Acredito que esse vício vá me matar um dia - sorriu enquanto tragava - mas isso não fará mais do que nós fazemos a nós mesmos, não é verdade? Encher a cabeça de coisas que julgamos úteis até nos julgarmos sábios e nosso psicólogico decidir ser hora de morrer - cruzou as pernas sensualmente e me encarou - gosta da morte natural, senhor Dimitri?
-Seu vício? É engraçado como voltamos tudo para nós mesmos, como se fôssemos os únicos a possuírem ambições e desejos. E se o cigarro for um taciturno viciado em matar tentando deixar seu vício por se sentir acabar ao acabar com suas vítimas, mas alguém que sabe que nunca vai conseguir parar - debrucei-me e coloquei meu rosto muito próximo ao dela, olhando-a nos olhos - assim como certos homens?
A encarei por um tempo, olhos nos olhos, como se nossos espíritos conversassem em um idioma o qual fôssemos incapazes de entender, e então, sorri.
-Não vai pegar seu vinho?
Só então ela percebeu que eu havia debruçado em sua direção para entregar-lhe sua taça, que repousava em minha mão (ou que esse talvez fosse o pretexto para debruçar-me). Ela a pegou enquanto apagava seu cigarro ainda quase inteiro e, então, me questionou:
-Não entendo bem por que sou a única a perceber, mas sei que é você quem escreve aqueles poemas, todos os pseudônimos são você. Por que não assina com seu próprio nome?
Sorri e, enquanto andava vagarosamente em direção à sua cadeira, disse:
-Então é verdade, profissões podem deixar as pessoas doentias - cheguei à parte de trás de sua cadeira e coloquei uma das mãos em seu cabelo - é pra isso que você veio aqui? Se aproveitar de questões pessoais para escrever em seu jornal estúpido? - ela então demonstrou querer dizer algo, mas coloquei um dedo sobre sua boca - Shhh!! Não responda, não há necessidade.
Então, comecei a caminhar em direção ao armário (atrás dela e, portanto, fora de seu campo de visão) e comecei a preparar o lenço, o toque especial para a noite especial.
-Sim, sou eu quem escreve todos os poemas, mas espero que não tenha oportunidade de escrever isso no jornal.
-Não escreverei se você não o desejar, mas tire-me uma dúvida de apreciadora: como você pode ser tantas pessoas, cada personalidade diferente e algumas até mesmo contraditórias, distribuídas entre os pseudônimos?
Caminhei em direção à parte de trás de sua cadeira, e falei enquanto andava:
-E se a escrita no jornal não depender da minha ou sua vontade? E se depender meramente do destino em nos ter feito encontrar naquela rua?
Cheguei à sua cadeira e, com uma mão, toquei seu ombro. Senti que isso interrompeu sua fala e acelerou notavelmente sua respiração. Com a parte de fora dos dedos, subi pelo seu pescoço, notando que ela estava cadavericamente gelada, até seu cabelo, o levantando.
-Desde quando estávamos juntos, você sentia que me conhecia melhor do que ninguém, mas quando eu a tocava ou olhava em seus olhos, sentia como se um completo estranho estivesse a sua frente e isso lhe causava um medo inexplicável, como uma mão fria tocando sua protegida alma, não é verdade? - cheirei seu cabelo - ainda sente esse medo, não é? - escorreguei a mão novamente pelo seu pescoço até seu ombro - você reconhece que todos os pseudônimos são eu porque conhece a maioria de minhas faces.
Desci minha cabeça até seu ouvido e sussurrei:
-Permita-me apresentar a que considero mais interessante.
Então, rapidamente, movi minha outra mão com o lenço, umidecido com clorofórmio, até seu rosto e o pressionei contra seu nariz até que fizesse o devido efeito. Ela se debateu incessantemente como se reunisse todas suas forças. Então, com o tempo, foi perdendo seus movimentos lentamente e desmaiou.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Mas afinal, o que é rock n' roll?!

Não se preocupe, não estou aqui pra discutir sobre os óculos do john e muito menos sobre o olhar do Paul. Acontece que chega um momento, depois de vários e vários anos de música, de ver que você teve várias fases terríveis e fases excelentes musicalmente, você se pergunta: "Sou eu um músico de verdade, ou apenas penso ser um?". O mais engraçado é que, a maioria que responde ser um músico de verdade, é um gordo nerd, espinhento e metaleiro que assiste o seu ídolo fazer 352,5 notas por segundo na guitarra e grita "UAU, é o melhor guitarrista do mundo" não importa se as notas fazem algum sentido ou despertam alguma emoção.
Isso, exatamente isso, é uma das coisas que mais me irritam nesse mundo. Não que eu seja radical, por exemplo, eu adoro Pink Floyd, acho sem dúvidas a melhor banda da história do rock; se eu fosse radical, estaria aqui dizendo que Pink Floyd é enjoativo e eu prefiro as quatro garotinhas de Liverpool dançando e causando arrepios nas garotinhas da platéia (não que eu não goste de Beatles, até gosto de algumas coisas, mas tenho raiva de dizerem ser a melhor banda da história ou a banda mais importante do rock, consigo citar sem respirar 10 bandas melhores e mais importantes que Beatles no rock). Mas é claro que tudo tem um nível sadio, o simples pode soar complexo (como eu considero Pink Floyd, não é que seja simples de tocar, mas é que não depende puramente de uma técnica absurda, mas sim de um puta feeling inexplicável que o David Gilmour possui) ou o complexo soar simples, e nem por isso deixar de ser bom. Onde eu quero chegar é que, na verdade, não importa qual o grau de dificuldade de algo ser tocado, o importante é como esse algo soa aos nossos ouvidos, o que nos faz sentir, se nos deixa arrepiado ou nos dá vontade de pular de um prédio, sair de casa correndo sem ter pra onde ir, entrar em um carro e ir pra qualquer lugar, isso é música, é sentimento puro, é espontaneidade, é expressão. Quando se ouve uma poesia, não importa se quem a recita consegue dizer 80 ou 20 palavras por segundo, o importante é sentir o que o autor tem a nos dizer. O problema é que, se a pessoa demora muito pra perceber isso, fica difícil tirar o conceito porco de música da cabeça dela e colocar um conceito decente, é por isso que eu digo que a maior parte da culpa são dos professores bestas que esquecem de ensinar a primeira lição pros alunos: "TÉCNICA É DETALHE, É UM CAMINHO PRA SE ALCANÇAR ALGO, NÃO É TUDO O QUE IMPORTA E NA VERDADE NEM IMPORTA, CONTANDO QUE SE ATINJA O OBJETIVO DESEJADO".
Repito, não estou dizendo que tudo que tem técnica é ruim, mas vou dar um exemplo:

http://www.youtube.com/watch?v=1qAA1Fb3dBY
Acho que qualquer pessoa em sã consciência no mundo já ouviu Comfortably Numb, Pink Floyd. O vídeo acima é essa música reproduzida pelo Dream Theater. Notem que logo aos 2 minutos o animal já consegue errar a letra, mas tudo bem, a gente perdoa, isso são detalhes à parte. Aos 2:15, no primeiro solo, o guitarrista se limita a reproduzir a guitarra do Pink Floyd, mas cheia de erros (caso você não seja guitarrista, saiba que reproduzir um solo com uma dificuldade não tão grande como esse, apesar de ser um lindo solo, pelo menos 40 guitarristas da sua própria cidade conseguem sem problemas, isso se você não morar em uma capital). Mas finalmente chegamos ao interessante: ao solo que se inicia em 4:35 minutos e vai se integrando com "reis-deuses-mestres" do rock como o grande John Petrucci. Até os 6 minutos de música, note que ele se limita a simplesmente reproduzir o solo, coisa que, como já disse e espero que não se esqueça, pelo menos 40 pessoas em um raio de 100 km de você conseguem fazer sem maiores problemas (não reproduz fielmente, mas até aí não há nenhuma monstruosidade). Note que, a partir daí, reune-se uma "gangue", os amiguinhos metaleiros demoníacos a se ajudarem. O que falar sobre esses caras? São caras que estão acostumados a tocar um só tipo de música desde crianças, com extrema velocidade. Note que, se você pegar essa guitarra e colocar em uma música do Ozzy (não que eu não goste de Zakk Wylde ou Toni Iommi, muito pelo contrário, acho eles extremamente talentosos) vai dar na mesma, porque eles não estão ligando pra que tipo de base tá rolando ou que tipo de música eles tão tocando, eles tão fazendo o que o pequeno cérebro de tamanho aproximado ao de uma azeitona manda eles fazerem. Depois chega mais um da gangue e a música vira uma festa dos headbangers e um funeral do rock pras pessoas de bom senso. Assista o resto desse vídeo e descubra se você realmente sabe o que é ser músico ou se gosta de firulas, se você não consegue enxergar a brutalidade, a afronta com o rock, que esses três peraltas realizaram durante esse vídeo, sinceramente, pense em uma marca de cigarro de que você goste, coloque DJ na frente e mude de ramo musical. Assista o resto do vídeo ignorando técnica, lembre-se que música não depende de como foi feito, simplesmente depende do que foi passado.

Agora, observem o mestre:
http://www.youtube.com/watch?v=1Qt6b8B5Bd4
Infelizmente esse vídeo tá com um pouco de delay, mas no solo final, só feche o olho e ouça, vai perceber claramente a diferença entre um guitarrista de verdade e um mero metaleiro sem noção musical. Note que o que mais chama a atenção não é a técnica, ele não se utiliza de velocidade extrema e etc pro solo, ele simplesmente toca, e atinge um patamar pelo menos 200 vezes mais elevado do que o mostrado anteriormente pelo Dream Theater.

Eu também não sou contra técnica, existem solos excelentes que exigem técnica e eu gosto absurdamente, como em Free Bird do Lynyrd Skynyrd. Esses dias eu liguei a MTV (coisa que eu raramente faço, mas de vez enquando é bom rir de umas bobagens) e acabei pegando um top top clichês, descobri que o mesmo de gritar "Toca Raul" aqui no brasil é gritar "Free Bird" nos Estados Unidos, pelo solo extremamente difícil de ser executado da música. Apesar dessa dificuldade, ele não é simplesmente técnica, é um feeling absurdo junto com técnica, é uma técnica como forma de expressão, e é magnífico.
http://www.youtube.com/watch?v=7PENBU3lrpE
Neste vídeo Lynyrd Skynyrd o executa ao vivo, dá pra entender bem o que eu tô dizendo.

Muito além da técnica, lembremos que um dos maiores guitarristas da história (se não o maior) não era um guitarrista estudado, tinha uma habilidade monstruosa na guitarra mas não era estudado, era bom simplesmente por ter nascido bom, mas não se importava com o quanto estava impressionando, simplesmente tinha um feeling "exalante" que impressionava platéias e impressiona jovens até hoje. (http://www.youtube.com/watch?v=SW3dUgCHnL4)
Além de, por exemplo, Bob Dylan, que sabia tocar um violão mais ou menos, cantava mais ou menos, mas compôs letras que influenciaram jovens por todas as gerações até hoje, seja direta ou indiretamente.

Música é atitude, sentimento, alma, espírito.
Não consigo enxergar a técnica como TUDO pra nenhum desses quesitos.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Fim

Se eu tivesse uma arma hoje, aqui, agora, atiraria contra a minha cabeça e acabaria com toda essa palhaçada agora.
Sem razão nenhuma, nada além do que todos têm. Simplesmente atiraria. Acho que sou a pessoa que tudo tem, mas que sempre se convence que não tem o bastante e fala demais por não ter nada a dizer. Simplesmente não tenho nada a dizer e, ao mesmo tempo, me sinto como se tivesse prestes a explodir de tantas coisas que tenho por gritar e nem sei o que são.
Talvez eu queira pegar um microfone em cima de um palco com o mundo inteiro na platéia e gritar o meu, o seu, o vazio de todos.
Já não consigo mais pegar o violão e compor algo sobre o mesmo tema: nenhum; de formas diferentes.
Ou talvez eu não queira gritar, dizer, conversar, apenas ficar mudo aqui, sozinho, até minha vida acabar.
Sempre achei que esse vazio fosse a espera de alguém que estivesse por chegar, depois, desisti e cheguei à conclusão de que é a espera por alguém que nunca vai voltar.
Agora percebo que não é nenhum deles, que é algo que eu sempre senti e que essas desculpas são tentativas de simplesmente dar uma razão à existência dessa “coisa” que não existe.
Se tivesse uma arma hoje, aqui, agora, atiraria contra a minha cabeça e acabaria com tudo isso que não existe, agora.