domingo, 20 de julho de 2008

"Quando alguém me matar, quero que seja alguém que me odeie, e não que o faça por ser seu trabalho"

O que se espera de um filme, naturalmente? Se é comédia, espera-se risadas; Se é aventura, terror, espera-se adrenalina; se é suspense, ficcção científica, espera-se inteligência. E se pudéssemos juntar tudo isso em um filme só, somando-se um dos melhores atores da história (Al Pacino) em uma atuação impecável? "Um dia de cão" (Day Dog Afternoon) é, sem dúvidas, um filme completo.
O filme gira em torno de dois homens - Sonny Wortzik e Sal - que tentam roubar um banco, mas acabam sendo descobertos e, enfrentando as autoridades e mantendo as pessoas como reféns, passam por situações inusitadas. Iniciando-se levemente cômico, o filme passa a situar o porquê de todo o acontecimento com envolvimento de pessoas que conhecem Sonny e esses incrementos acrescentam a reflexão e o envolvimento com o filme; criam uma situação de abandono e mutação a qual você começa a compreender e com a qual você começa a se identificar durante o filme, mas que te faz sentir realmente como ela é no fim; como se o filme terminasse, mas a sensação permanecesse com você e fizesse com que você torça com todas as forças para que algo aconteça e altere tudo.
Essa quebra de expectativas no fim gera um efeito irônico porque o fim é exatamente como você, a princípio, esperava que tudo terminaria, mas ela existe porque o desenvolvimento faz com que você sinta que as coisas possam ser diferentes, tendo o fim um efeito como uma lembrança de que elas não podem.