domingo, 11 de abril de 2010

(...)

Meu corpo não vale nada
Não vale as pedras sob meus sapatos
Não vale as idéias que se chocam com a solidão

O solo de minha mente é impróprio ao que não é racional
Meu coração não suporta o que faz sentido total

Meu amor é saliva
Minha retribuição é o álcool
Isto não faz sentido para vocês
A bondade é minha natureza
A maldade é minha solução
Isto não faz sentido para vocês

Injetem sangue em minhas veias
E me ensinem a ser humano
Ou me matem com todo o amor
Que insistem em não compreender
Ou me masturbem
Até que eu não consiga pensar
Me maltratem com o pior dos fetiches
Até que me sinta em casa
Até que me sinta no inferno
Até que todas as luzes se apaguem

Quando você for embora, não se esqueça de cospir em mim
Para que eu perceba que sou pior que você
Não esqueça de fechar a porta
Para que eu perceba que estou sozinho
Não esqueça de nunca contar a ninguém o que viu
Para que eu não tenha de responder perguntas infantis
Não esqueça de gritar seu testemunho
Para que Deus saiba que tentei
Para que todos saibam que Deus não existe
Até que todos percebam
Que a arrogância não é um belo defeito
Que nenhum arrogante quer ser só
E que o Álcool é o sexo dos miseráveis

Antes de ir embora, me sirva outra dose
E prometa que vai tentar
Depois não olhe para trás
Porque a noite acabou
Mas o que sinto está em seus pulmões
E é eterno

Eu te amo